Lilo & Stitch é o segundo live-action baseado numa animação da Disney lançado neste ano.
Após Branca de Neve receber avaliações ruins, o novo filme da empresa chega às telonas com a responsabilidade de cativar crianças e adultos, para recuperar o prestígio do estúdio. Para quem for conferir no cinema, o longa oferece uma história cativante, mas simples – isto é, fiel ao desenho de 2002, apesar de algumas ressalvas.
Simpatia dá o tom
Com 1h48 de duração, o live-action apresenta qualidade gráfica impressionante logo na introdução da “ameaça” Stitch (Chris Sanders), no núcleo espacial a da narrativa. Nele, Hannah Waddingham (Ted Lasso) vive a Grande Conselheira, enquanto Zach Galifianakis (Se Beber, Não Case!) e Billy Magnussen (A Franquia), respectivamente, dão vida ao cientista Jumba e ao alien expert sobre Terra Peaky.
Enquanto Waddingham dá tom majestoso à sua personagem, Galifianakis e Magnussen entregam uma dupla vilões que não se levam a sério. Mas nada se compara à estreante Maia Kealoha, que assume o papel de pequena Lilo e esbanja carisma. Como na animação, a menina vive em condições humildes após perder os pais, algo que comove desde as primeiras cenas e provoca lágrimas ao fim do filme.

Completando o time de protagonista, ainda temos Sydney Elizebeth Agudong (NCIS: Investigação Naval) na pele de Nani, a irmã mais velha de Lilo. Ela, na verdade, funciona como um dos pilares da história, uma vez que sustenta o drama familiar vivido com a pequena. E isso envolve oferecer à Lilo uma vida estável para evitar que o conselho tutelar a leve para um lar adotivo.
Filme de… cachorro?
Sem adaptar completamente o material original, o live-action de Lilo & Stitch passa adotar uma vibe de filme de cachorro a partir da adoção do alien azulado. Seu carisma contrabalanceado com sua capacidade destrutiva o torna adorável. O fator simpatia é impulsionado ainda mais confirme o experimento 626 vai entendendo seu papel na família que o acolheu na Terra.
Com isso, o título conquista mais pela formação de uma nova (e disfuncional) família do que como saga espacial. Mas isso não diminui a experiência oferecida pelo longa, só o torna mais convidativo para se assistir com quem se ama.