Depois de integrar ao seu catálogo brasileiro muito material sobre a série Iron Blooded Orphans e longas animados da linha do tempo original de Gundam, o Universal Century, chegou a vez da Netflix trazer ao mundo o seu primeiro produto original da franquia, a série Gundam: Requiem for Vengeance.
Dividida em seis episódios, disponíveis no streaming desde o dia 17 deste mês, a série segue os eventos do anime de 1979, na Guerra do Um Ano.
Para quem está chegando agora, o enredo dá aquela situada sobre quem é a colônia espacial Zeon. Bem como os seus motivos para entrar em conflito com a Terra.
Armados com robôs gigantes, as Armaduras de Voo, (Mobile Suits, no original) Zeon tem levado vantagem sobre a Federação Terrestre.
É quando Iria Solari, líder dos Lobos Vermelhos, um esquadrão de Zakus, modelo de Armadura de Voo, chega ao front europeu da guerra.
Com tanques e soldados sem fazer frente aos Zakus, tudo parece tranquilo. Até uma noite, na qual uma sombra assustadora se revela: uma Armadura de Voo da Federação diferente de tudo e superior ao Zaku.
Um “demônio branco” conhecido apenas como Gundam.
Gundam assustador
A escolha dos diretores Erasmus Brosdau e Hiroaki Yura em mostrar o Gundam como “vilão” pela ótica de Zeon é ousada e bem-vinda.
As aparições repentinas do robô, com seus olhos vermelhos, trazem uma aura de thriller à série. Ponto valorizado pelo visual impecável da animação, feita em Unreal Engine 5.
Mesmo com batalhas frenéticas de tirar o fôlego, onde “Requiem for Vengeance” acerta mesmo é na trama. Centralizado nos personagens, o roteiro de Gavin Hignight é simples para cativar espectadores novatos, e recheado de referências para agradar aos veteranos.
Além de trazer um olhar honesto sobre o que é realmente a guerra, independente de quem vença. Principal alicerce de toda a franquia.
