Fight or Flight, novo longa do Prime Video estrelado por Josh Hartnett e Charithra Chandran, é aquele tipo de filme que sabe exatamente o que quer ser: uma adrenalina pura, sem a pretensão de se levar a sério. A trama acompanha Lucas Reyes (Hartnett), um agente de segurança encarregado de capturar um hacker perigoso durante um voo de Pequim a São Francisco. No entanto, o que começa como uma missão normal logo vira um caos quando ele descobre que o avião está cheio de assassinos a procura do hacker.
A grande sacada de Fight or Flight é abraçar seu próprio absurdo. O título é uma mistura de ação explosiva e diálogos que flertam com o exagero, se permitindo cair no ridículo sem hesitar. Hartnett e Chandran entregam atuações que sabem equilibrar o drama com um humor excitante. Enquanto isso, o enredo vai nos levando por um turbilhão de cenas de luta e tiroteios que parecem saídas de um videogame de ação.

A violência, claro, é um dos grandes pilares de Fight or Flight, e o diretor James Madigan não tenta negar isso em momento algum. Mergulha em violência gratuita, cena atrás de cena, e se diverte no processo. O filme é mais sobre o prazer de ver tudo dar errado de uma maneira divertida. É, assim, quase uma homenagem a filmes de ação dos anos 90, com muita pancadaria, explosões e momentos tensos, mas sempre com aquele toque de “não se leve tão a sério”.
O erro do longa, talvez, seja seu aceno desesperado à tentativa de criar uma franquia. Madigan sequer cogita entregar um final fechado, com um desfecho completamente aberto, sem conclusões, clamando pela chance de uma sequência. Isso prejudica o filme como obra por si só, principalmente se não houver uma sequência. Entretanto, os acertos ainda prevalecem.
Desta forma, Fight or Flight não inventa a roda, mas também não é como se isso fosse um requisito. Se você procura algo para se divertir, sem pensar muito e que te faça torcer por uma boa dose de entretenimento recheado de ação, esse filme é um ótimo passatempo. O que ele faz de melhor é justamente o que ele não tenta fazer: ser um épico ou uma reflexão profunda. E isso é exatamente o que o torna uma experiência memorável e, acima de tudo, divertida.