Fear TWD: 7ª temporada falha em busca por renovação

Fear the Walking Dead: 7ª temporada falha em busca por renovação

Nos últimos tempos, Fear the Walking Dead veio sendo o pilar mais forte da famosa franquia de mortos-vivos na televisão – como falamos aqui no site ano a ano. Porém, em sua sétima temporada, que prometia bastante, o resultado deixou um sentimento agridoce para quem assiste. Afinal, em uma temporada que destacou Strand (Colman Domingo) como vilão e recuperou Madison (Kim Dickens), a narrativa ficou a desejar e empolgou em raros momentos.

Novamente com 16 episódios – divididos em blocos de oito –, este ano do primeiro spin-off de The Walking Dead decidiu explorar as consequências do novo apocalipse (desta vez, nuclear) promovido pela temporada anterior. Dessa forma, no programa exibido exclusivamente pelo canal AMC, o público pôde se deparar com uma atmosfera desolada que remete ao universo de Mad Max ou ao período de pandemia – em que as máscaras se tornaram essenciais.

Assim sobrevivem Morgan (Lennie James) e Grace (Karen David) com sua filhinha, enquanto os outros iniciam a trama perdidos ou espalhados. Na tentativa de angariar recursos, os protagonistas se deparam com a armada de Strand, que assumiu o comando de uma torre paramentada com comida, bebida, obras de arte, equipamentos médicos e tudo mais. Acontece que Strand abraçou de vez seu lado ganancioso, abandonando as velhas amizades que o vimos construir.

Jornada desnecessária

No meio da queda de braço de Morgan e Strand está Alicia (Alycia Debnam-Carey). A moça, que acabou mordida por um dos ‘errantes’, amputou seu braço tarde demais, o que permitiu que a infecção da ferida se espalhasse. Com isso, a filha de Madison mobiliza bastante tempo no enredo vagando entre delírios febris que a fazem procurar por “Padre”. O nome significa um refúgio já estabelecido, mas que ninguém sabe onde fica ou se, de fato, é real.

À medida que a história sobre a busca por um novo santuário se repete, o roteiro descarta alguns personagens interessantes como Charlie (Alexa Nisenson) e o velho Dorie (Keith Carradine), sem inserir substitutos à altura – ou com desenvolvimento insuficiente para cativar. Outra perda sentida é a de Howard (Omid Abtahi), que surge como misterioso braço direito de Strand, também pouco aprofundado na narrativa. E Madison retorna em um papel aquém de sua importância original.

Veremos se a já confirmada oitava temporada de Fear the Walking Dead lhe fará jus.

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