Fear the Walking Dead: 2ª temporada tem evolução dos protagonistas

Não é fácil ser spin-off de The Walking Dead, pela expectativa dos fãs, comparações etc.. Depois de uma 1ª temporada (leia aqui o review) que pouco acrescentou ao universo da franquia, pode se dizer que, em sua 2ª temporada, a série Fear the Walking Dead deu a volta por cima e mostrou a que veio. Com mais episódios (essa fase teve 15 capítulos, enquanto a outra apenas 6), a atração original do canal AMC fugiu do óbvio, trocou de cenário ao cruzar a fronteira para o México e, nesta transição, fez seus personagens e tramas evoluírem exponencialmente.

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Nick deixa de ser o jovem problemático da 1ª temporada para se tornar mais maduro. (Foto: AMC Brasil)

Situada em um período cronológico anterior ao que The Walking Dead transcorre, o seriado acompanha a saga de Madison (Kim Dickens, de Garota Exemplar) e os filhos Nick (Frank Dillane, de Sense8) e Alicia Clark (Alycia Debnam-Carey, de The 100), Travis (Cliff Curtis, de Trauma) e seu filho Chris Manawa (Lorenzo James Henrie, de Agents of S.H.I.E.L.D.), o misterioso Victor Strand (Colman Domingo, de The Knick) e Daniel (Rubén Blades, de Predador 2 – A Caçada Continua) e a filha Ofelia Salazar (Mercedes Mason, de Quarentena 2) a bordo do barco batizado de “Abigail”. Diante dos perigos da viagem, o grupo se desfaz e depara-se com novas comunidades e, claro, inimigos.

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Madison e Travis começam a aceitar que a violência se faz necessária nesse novo mundo. (Foto: AMC Brasil)

Dividida em duas partes, a nova fase de Fear the Walking Dead supera o início morno (com a embarcação à deriva) ao oferecer atrativos – como o crossover com Alex (Michelle Ang, de Triplo 9) e Jake (Brendan Meyer, de iZombie), da websérie Fear the Walking Dead: Flight 462 – e algumas revelações, como o fato de Victor Strand ser homossexual. Entre as novidades está a exploração da ambientação mexicana para evocar a mística da terra do “Día de Los Muertos” e o clima de um verdadeiro filme de terror, com a apresentação de um culto de adoradores de mortos-vivos e cenas cada vez mais macabras – especialmente nos capítulos Sicut Cervus e Shiva.

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Da websérie Flight 462, Alex e Jake fazem uma breve participação em Fear the Walking Dead. (Foto: AMC Brasil)

Agora separados, Madison, Alicia e Strand partem em direção a um hotel, no qual lidam com seus hóspedes em conflito. Neste núcleo, Madison assume papel de liderança, Alicia abandona a imagem de “patricinha” para mostrar independência e Strand deixa os holofotes na reta final da temporada. Quanto a Nick, o rapaz abandona os vivos para tentar entender os mortos e, nessa jornada, o ex-viciado chega ao fundo do poço – o que é visto em Grotesque (episódio com direção criativa e intimista) – antes de encontrar a colônia liderada por Alejandro (Paul Calderon, de Boardwalk Empire), na qual cresce, ganha responsabilidades e o interesse de Luciana (Danay Garcia, de Prison Break).

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Alicia suja as mãos de sangue em aventuras solo na 2ª temporada de Fear the Walking Dead. (Foto: AMC Brasil)

Paralelamente, Chris começa a manifestar tendências assassinas, o que, a princípio, tem zumbis como vítimas, porém, no decorrer da temporada, passa a colocar em risco as famílias Clark e Manawa, assim como todos os outros que atravessam seu caminho. Essa reviravolta no personagem de Chris é um ponto extremamente emblemático, pois, traduz a mensagem essencial de Robert Kirkman ao conceber a franquia, que diz que, num mundo pós-apocalíptico, defuntos ambulantes carnívoros não são o maior problema dos sobreviventes, mas, sim, a maldade natural do homem.

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Chris demonstra prazer em acabar com os vivos e os mortos. (Foto: AMC Brasil)

Com futuro promissor, Fear the Walking Dead vai encontrando sua identidade e parece estar no caminho certo.

No vídeo abaixo, elenco e membros da produção falam sobre os novos rumos da série.

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