Em 2D, Kid Cosmic diverte com desconstrução da jornada do herói

Em 2D, Kid Cosmic diverte com desconstrução da jornada do herói

Animações em três dimensões vêm dominando a produção ocidental, fenômeno que podemos reparar até mesmo no catálogo da Netflix. Porém, o próprio streaming decidiu apostar no clássico modelo 2D com Kid Cosmic, que estreia amanhã, 2. Criada por Craig McCracken (As Meninas Super-Poderosas e A Mansão Foster para Amigos Imaginários), a produção parece ter saído direto do início dos anos 2000, ótimo período para a programação infantil na TV.

Composta por 10 episódios de 20min de duração, a narrativa introduz Kid (Jack Fisher, de NCIS: Investigações Criminais), garotinho sonhador que deseja se tornar um super-herói e, quando alcança esse sonho, se vê em meio a uma invasão alienígena. Para combater a ameaça, o protagonista conta com a ajuda dos amigos e família, além de anéis cósmicos que lhes concedem poderes para voar, se teleportar, multiplicar e se tornar gigante.

Ninguém está sozinho

Mesmo fazendo referências às histórias de personagens clássicos da Marvel e DC, a série quebra os moldes de “herói solitário” ao mostrar que nenhum dos personagens consegue fazer a diferença sozinho. Assim, Kid acaba percebendo que apesar dos superpoderes, ele está longe de ser onipresente e onisciente. Por conta disso, vemos o protagonista lidando com a frustração de não ser herói que sempre imaginou e o conforto do amparo de amigos.

Assista ao trailer de Kid Cosmic; série estreia em fevereiro na Netflix

Aliás, entre seus aliados, Kid tem o idoso Papa G (Keith Ferguson, de DuckTales: Os Caçadores de Aventuras), a pequenina latina Rosa (Lily Rose Silver, de I Feel Bad) e a afro-americana Jo (Amanda Céline Miller, de She-Ra e as Princesas do Poder), bem como o gato Sanduíche de Atum (Fred Tatasciore, de American Dad!). A força do grupo aqui está na diversidade, uma vez que cada integrante um deles tem uma virtude, função e algo a ensinar para Kid.

Nostalgia de encher os olhos

A série é direcionada ao público infantil. Mas a perspectiva em 2D traz lembranças a quem está na faixa dos 30 anos e viu grandes aventuras neste modelo. Diferencial do desenho, a estética simples e cartunesca, mas detalhada, é um afago aos olhos do telespectador. Sem reduzir o impacto de cenas com personagens voando, se multiplicando, teletransportando e aumentando de tamanho. Aliás, essa dinâmica remete a “As Aventuras de Jackie Chan”.

Com tudo que nerd gosta, Kid Cosmic oferece entretenimento de qualidade para família e não é cedo para dizer que merece renovação para a segunda temporada.

Next Post

Reino de Wakanda ganhará série no Disney+

A Walt Disney Company confirmou que o reino de Wakanda será tema de uma série para o Disney+. A produção ainda não possui previsão de lançamento nem sinopse, tendo sido revelada apenas durante o anúncio de um acordo entre a empresa com a Proximity Media, produtora de Ryan Coogler (diretor […]
Reino de Wakanda ganhará série no Disney+