Os Fantasmas Ainda Se Divertem: Beetlejuice Beetlejuice estreou nos cinemas do Brasil em 5 de setembro – há quase duas semanas – e permanece entre os filmes mais assistidos pelos brasileiros. O novo filme de Tim Burton não sustenta só o sucesso do cineasta, mas assegura que uma sequência pode ser bem desenvolvida e aceita por um público sedento de boas obras nas telonas.
De 1988 para 2024
Sobretudo, Burton põe a ironia pra jogo ao produzir outra de suas pouquíssimas continuações, e sente o deleite ao reviver uma história que abençoou seu estilo sombrio. Após 36 anos do original, Beetlejuice 2 resgata o fantasma de Michael Keaton e seu desejo em se casar com Lydia, de Winona Ryder.
A história fica ainda melhor com a presença de novos personagens: o defunto policial de Willem Dafoe, a ex-mulher obcecada de Beetlejuice, vivida por Monica Bellucci, e a filha revoltada de Lydia, interpretada por Jenna Ortega. Nesse sentido, são histórias paralelas que se interligam à principal e dão um singelo toque a mais na fantasia. Além deles, a participação de Danny DeVito carimba o fato de o mundo dos mortos ainda permanecer insano e divertido.
Beetlejuice na medida
Uma coisa é certa: a sequência de Beetlejuice aborda com primor as três gerações de mulheres da família e contempla o talento de cada uma das atrizes. E isso inclui o trabalho de alto nível de Catherine O’Hara. Ademais, em tempos de técnicas modernas, Burton retorna com o clássico stop-motion e animatrônicos. Além disso, faz de seus personagens especiais ao trabalhar com ótimos figurinos e maquiagem.
Os Fantasmas Ainda Se Divertem faz jus à proposta: divertir na medida certa e alcançar novos públicos para as obras do diretor. Para quem ainda não assistiu ao longa da Warner Bros., vale a pena vê-lo nas telonas, especialmente pelo brilhantismo da narrativa fantástica. Em suma, três décadas depois, Burton mostra que sua superioridade continua intacta e que ainda será difícil substituí-lo no gênero.