Depois dos recentes Warcraft: O Primeiro Encontro de Dois Mundos, Hitman: Agente 47 e Need for Speed: O Filme, Assassin’s Creed é a mais nova série de games a ganhar uma adaptação em live-action para os cinemas, com lançamento marcado para o dia 12 de janeiro, no Brasil. Dirigido por Justin Kurzel (Macbeth: Ambição e Guerra), o longa sobre o Credo dos Assassinos conta com Michael Fassbender (X-Men: Dias de um Futuro Esquecido) no papel principal e uma história situada nos anos de 2016 e 1492, que mistura ação e ficção científica.
Na trama, o presidiário Callum Lynch (Fassbender) descobre pertencer a uma família integrante de uma antiga ordem de matadores (o Credo dos Assassinos) que tem travado uma guerra contra os Cavaleiros Templários há muitos séculos. Tal ligação desperta o interesse da misteriosa Abstergo Industries, companhia liderada por Alan Rikkin (Jeremy Irons, de Batman vs Superman: A Origem da Justiça) e sua filha, a cientista Sofia (Marion Cotillard, de Aliados), cujo intuito é aproveitar a árvore genealógica de Cal para obter um poderoso artefato.
Para que isso aconteça, o protagonista é “ligado” a uma máquina – o Animus – que lhe permite experimentar acontecimentos vivenciados por seu ancestral, Aguilar de Nerha, integrante do Credo dos Assassinos, no período da Inquisição Espanhola, através da chamada “memória genética”. Com isso, o grupo de Rikkin e Sofia pretende desvendar a localização da Maçã do Éden, uma espécie de mapa que mostra como eliminar o livre arbítrio do DNA humano, supostamente para acabar com a onda de violência que assola o mundo nos dias atuais.
Caso você não esteja familiarizado com os jogos Assassin’s Creed, é possível que se sinta como um “noob” (como são chamados os novatos nos games) em uma partida no “level hard” (“nível difícil”) ao assistir a nova superprodução da 20th Century Fox, uma vez que, apesar de ser fiel, a trama não facilita a compreensão do telespectador não-iniciado. Outro erro da adaptação é apontar o livre arbítrio como fator responsável pelo comportamento agressivo da sociedade (a liberdade não obriga ninguém a matar ou sair esfaqueando gente por aí!).
Embora Michael Fassbender esteja bem na pele do protagonista, Assassin’s Creed se vê prejudicado pela superficialidade com que trata seus personagens (e são apenas 3 os principais), pois, em nenhum momento as ações de Lynch, Rikkin e Sofia são suficientemente justificadas. Soma-se a isso a ausência de um antagonista com quem Callum Lynch possa rivalizar e o resultado é uma obra que evoca pouco envolvimento do público.
Salvo pelas cenas de ação, Assassin’s Creed pode não ser um “game over” para as adaptações de games nas telonas, mas, com certeza, é um “continue” a menos…
Assassin’s Creed estreia nesta quinta-feira (12/01) nos cinemas.