Ad Astra – Rumo às Estrelas traz narrativa rebuscada sobre sentido da vida

Quando pensamos em viagens espaciais, logo pensamos em um enorme desenvolvimento da humanidade, tanto em termos de avanços em tecnologia quanto em evolução pessoal (afinal, quais serão nossos dilemas quando estivermos em outros planetas?) – e, claro, ainda pensamos na existência de aliens! O belíssimo filme Ad Astra – Rumo às Estrelas (Ad Astra, EUA, 2019) não só lança Brad Pitt (Era uma Vez em… Hollywood) para os limites da galáxia, como também levanta questões sobre o sentido da vida e se estamos de fato sozinhos por aqui.

Após o sucesso do clássico 2001: Uma Odisseia no Espaço (1968) e dos recentes longas Gravidade (2013), Interestelar (2014) e Perdido em Marte (2015), a produção dirigida por James Gray (Z: A Cidade Perdida) volta a fascinar com sua exploração de nosso sistema solar, colocando-se no limiar entre ficção científica e o drama. Aqui, vemos o engenheiro espacial Roy McBride (Pitt) assumindo a missão de procurar seu pai, o astronauta Clifford McBride (Tommy Lee Jones, de MIB: Homens de Preto), desaparecido nos arredores de Netuno.

Brad Pitt entrega atuação majestosa pela segunda vez neste ano. (Foto: FOX)

Sentindo a ausência da figura paterna – que lhe abandonara há quase 30 anos –, o protagonista precisa seguir as pistas do “Projeto Lima”, iniciativa destinada à busca de vida extraterreste, e que agora, aparentemente, tem resultado em misteriosas emanações de energia que ameaçam a Via Láctea. A cada passo que dá, seja na Terra, Lua ou Marte, Roy divaga sobre a solidão e a necessidade de sua família em buscar respostas no vácuo espacial. Mas, contrariando a série de TV Arquivo X, será mesmo que “a verdade está lá fora”?

Em 2h3min de duração, o longa-metragem envolve o público com diálogos intimistas e elaborados, que nos aproximam do personagem central e sua condição de isolamento – simbolizada por sua presença no vazio da órbita terrestre. Além disso, Ad Astra é capaz de simultaneamente trabalhar vieses alternativos, como a persistente dúvida sobre a aparição de alienígenas. Outra questão abordada são as características da raça humana, que chega ao espaço sem resolver os problemas que a atormentam seu próprio planeta.

Lento, filosófico e de visual hipnotizante, o título nem sempre segue à risca as leis da física, porém, oferece grandiosa experiência cinematográfica.

Ad Astra – Rumo às Estrelas estreia nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (26/09).

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