Chegando ao Globoplay em 22 de junho, a série A Vida pela Frente será ambientada no Rio de Janeiro da virada do milênio, entre 1999 e 2000. A atração original promete oferecer nostalgia aos que viveram a adolescência nesse período, assim como trazer as sensações de quem vive hoje as transformações únicas dessa etapa.
Leandra Leal, Rita Toledo e Carol Benjamin assinam a criação do programa, que terá 10 episódios e será contada em dois tempos – antes e depois de um acontecimento que marca a vida dos protagonistas. Com isso, a produção irá explorar temas como saúde mental, responsabilidade afetiva, sexo, romance, festas e luto.
E, para saber mais sobre o vem por aí, tivemos a oportunidade de participar de uma entrevista com o elenco e as criadoras do seriado. Abaixo, você confere como foi esse papo:
Visão das criadoras
Leal, ressaltou a importância do enredo ao afirmar: “Fala de uma fase muito especial que, apesar de um acontecimento trágico, fala do que acontece depois e como essas pessoas se formam”. Ela enfatizou ainda que, embora a série aborde o fim da adolescência, não é exclusivamente voltada para o público adolescente: “É uma série sobre o fim da adolescência, mas não é só para adolescentes”.
Toledo expressou sua paixão pelo tema da adolescência, destacando que é um período crucial de formação: “A gente é muito apaixonada por esse tema, a adolescência. É um período em que a gente se forma”. A série busca explorar esse momento de luto, em que a infância termina e a vida adulta começa, como afirmou Benjamin.
Perspectiva do elenco
Os atores compartilharam suas experiências ao interpretar personagens adolescentes. Jaffar Bambirra destacou que interpretar um jovem na série pode ser uma das últimas chances de se aprofundar nessa fase da vida: “Talvez seja uma das últimas oportunidades que vou ter de me debruçar sobre essa etapa da vida, de interpretar um jovem”. Nina Tomsic, por sua vez, mencionou a sensação de aprendizado ao ser outra pessoa: “É como se você pudesse aprender novamente sendo outra pessoa”.
Muse Maya revelou sua conexão pessoal com a série, dizendo que já passou da infância para a vida adulta sem vivenciar plenamente a adolescência: “Já passei da infância para a vida adulta, não tive tempo de viver minha adolescência. Então pude visitar o papel e me reconectar com minha adolescência”. Flora Camolese, ao entrar para o elenco aos 19 anos durante a pandemia, mencionou a autenticidade que trouxe para seu papel de adolescente: “Quando passei para o elenco, eu tinha 19 anos e a pandemia estava no meio. Então, para mim era um lugar muito verdadeiro de adolescente”.
Henrique Barreira falou de sua crença de que a série inaugura uma narrativa que mostra a adolescência como uma fase heroica.
Série de época
Ao discutir as mudanças ocorridas desde a época retratada na série, Bambirra ressaltou a evolução nas relações humanas, observando que “as pessoas tinham que ligar umas para as outras” antes da era digital. Tomsic acrescentou que a vida era mais privada, e frisou a importância de refletir sobre o tempo e as distâncias em um contexto de deslocamentos e avanços tecnológicos.
Barreira também contou que a equipe de produção estudou filmes e referências da época retratada para entender o contexto e a visão de mundo daquela geração, contribuindo para a construção do roteiro. Leandra Leal complementou: “Adolescentes que viram a série reconhecem as situações”.
Durante a coletiva, foi mencionado que uma cena foi retirada da série por não ser considerada “muito recomendável”. As criadoras destacaram a importância de abordar temas difíceis, como os explorados na trama, com responsabilidade.
