Uma das estreias mais esperadas do ano, Wicked reúne tudo o que os fãs desejam ver nas telonas. A obra de Jon M. Chu, que estreia nesta quinta-feira (21), possui leves desacertos ao longo de suas 2h41m e já pode ser inserida na lista dos melhores musicais do cinema.
A adaptação cinematográfica é baseada no musical homônimo da Broadway, lançado em 2003. Contudo, antes de falar o quão fiel o longa é à peça de teatro, é preciso comentar sobre o clássico que deu vida às duas protagonistas: O Mágico de Oz.
Wicked: O Mágico de Oz
Elphaba e Glinda são citadas pela primeira vez no livro de L. Frank Baum, de 1900. Nele, Dorothy é a protagonista, uma menina que é levada com seu cachorro Totó para uma terra desconhecida. O Mágico de Oz é quem os fará voltar para casa. Até encontrá-lo, os dois toparão com amigos e vários perigos no lugar mágico.
Nesse sentido, Dorothy interage com as duas bruxas. Glinda é conhecida como a Bruxa Boa do Sul e ajudará a garota, no início e no fim da jornada. Por sua vez, Elphaba, a Bruxa Má do Oeste, dificulta a trajetória da protagonista e acaba confrontando-a no final da história de Baum.
É justamente deste ponto que começa Wicked, obra lançada por Gregory Maguire em 1995. Enquanto Glinda é uma garota popular que tenta se autodescobrir na magia, Elphaba é poderosa, destemida e incompreendida por ter a pele verde. Ambas se conhecem na Universidade de Shiz, na Terra de Oz, e constroem uma linda amizade.
O Musical
Do mesmo modo, a adaptação para os palcos veio em 2003, com Idina Menzel dando vida à Bruxa Má do Oeste, e Kristin Chenoweth interpretando a Bruxa Boa do Sul. A produção da Broadway venceu três Tony Awards. O álbum da trilha sonora inclui a famosa “Defying Gravity” e já levou um Grammy.
Diante disso, ainda que o público não tenha visto o musical, o filme não deixa a desejar sobre a história das duas bruxas. Cynthia Erivo (Elphaba) e Ariana Grande (Glinda) fazem um trabalho tão épico e com maestria, das primeiras cenas até o último minuto do longa, que não sobra tempo para comparações entre a produção e a peça teatral.
Wicked: Parte Um
As histórias das protagonistas são narradas minuciosamente em meio a muitos cenários coloridos, assim como o designer de produção Nathan Crowley fez em Wonka; modelitos impecáveis elaborados pelo figurinista Paul Tazewell e muita cantoria. Em um ponto, você até se esquece que se trata de um musical pelo alto nível da narrativa. Assim, o longa criou seu primor, seja com ou sem música.
Além disso, o filme também tem Jonathan Bailey, Ethan Slater e os talentosíssimos Michelle Yeoh e Jeff Goldblum no elenco. Embora reserve pouco tempo para a sacada final da história, a obra é sobre o poder da amizade; sobre como ser gentil consigo mesmo e com o próximo é estimulante para a vida. Em suma, Wicked, da Universal Pictures, é tudo isso sim e vale todo o hype.
