Hollow Knight foi um fenômeno em seu lançamento, e isso é inquestionável. Basta observar as redes sociais durante grandes eventos, onde Hollow Knight: Silksong frequentemente figura entre os tópicos mais comentados, um reflexo da expectativa dos fãs.
Enquanto aguardam Silksong, muitos jogadores buscam alternativas para satisfazer sua paixão pelo gênero metroidvania. Atualmente, é fácil encontrar títulos que seguem a fórmula estabelecida pela Team Cherry. Esse é o caso de Voidwrought.
Anunciado oficialmente em março deste ano para PC e Nintendo Switch, Voidwrought é publicado pela Kwalee Games. Embora a revelação seja recente, a desenvolvedora sueca Powersnake já trabalhava no protótipo do jogo desde 2021.
Assim como Hollow Knight, Voidwrought é o jogo de estreia do seu respectivo estúdio. Curiosamente, ambas as desenvolvedoras começaram com apenas três membros, o que reforça as semelhanças entre os estúdios.
No entanto, apesar das visíveis inspirações em arte, ambientação, combate básico e exploração, Voidwrought traz suas próprias adições e diferenças em relação ao jogo da Team Cherry.
Primeiras impressões de Voidwrought
Testamos a demonstração gratuita de Voidwrought na Steam, que oferece cerca de uma hora de gameplay.
A primeira coisa que chama a atenção é a localização do jogo. Voidwrought oferece uma excelente tradução para o português do Brasil, garantindo que jogadores brasileiros possam aproveitar a experiência ao máximo.
Ao iniciar a jogatina, as semelhanças entre Voidwrought e Hollow Knight são inconfundíveis. A começar pela ambientação e arte desenhada à mão, muito parecidas com o que vimos em Hollownest.
O combate básico também é semelhante, lembrando o estilo de luta do cavaleiro vazio e seus movimentos com ferrão. No entanto, Voidwrought se distingue ao introduzir elementos únicos que aprofundam o combate: Artefatos e Brasões.
Os artefatos conferem habilidades especiais, como um machado que gera ondas de ataque, um chakram que vai e volta, e uma esfera sombria que se estilhaça em uma pequena área. Esses artefatos consomem uma espécie de alma, a mesma ‘energia’ utilizada para recarregar a barra de vida, similar ao sistema de Hollow Knight.
Já os brasões funcionam de maneira semelhante aos amuletos do metroidvania da Team Cherry, oferecendo habilidades passivas ao protagonista. É possível equipar dois itens de cada tipo, o que diversifica ainda mais as lutas contra os inimigos.
Quanto à movimentação, o protagonista é ágil, equipado com um dash e a habilidade de deslizar, útil para atravessar terrenos íngremes e como uma forma de esquiva mais lenta. Os controles são precisos, algo essencial em um jogo desse estilo.
Há também diferenças e originalidades em Voidwrought. Por exemplo, a demonstração não inclui os checkpoints em forma de bancos, que funcionam como fogueiras nos jogos Souls. Aqui, o progresso é salvo em salas roxas espalhadas pelo mapa. Além disso, ao morrer, não é necessário recuperar sua alma no local da morte, destacando mais uma distinção entre os jogos.
Veredito
Em resumo, as primeiras impressões de Voidwrought são positivas. O jogo combina rapidez e imersão, evocando uma certa nostalgia aos fãs mais fervorosos de Hollow Knight, lançado há sete anos. Apesar de curta, essa primeira hora de gameplay passou voando, e o mundo bem construído tem o potencial de prender os jogadores, oferecendo uma experiência envolvente e atmosférica.