Baseada na icônica graphic novel de Jeff Lemire, a série de Sweet Tooth ganhou sua segunda temporada na Netflix. Com oito episódios, o novo ano da produção assinada por Jim Mickle e Beth Schwartz concentrou suas atenções na saga de Gus (Christian Convery) para escapar do zoológico tomado por General Abbot (Neil Sandilands).
Trama arrastada
Retirada a brutalidade do material original, “Sweet Tooth” se posiciona como uma espécie de conto de fadas. As constantes tragédias dos quadrinhos dão lugar à fofura de Gus, Wendy (Naledi Murray) e outras crianças híbridas. Suas tentativas de escapar de Abbot perduram por episódios, mas, na maioria das vezes, sem o menor sucesso. No meio disso, a figura de Johnny (Marlon Williams), irmão de Abbot, oferece esperança à garotada – e fracasso em igual medida.
Dessa forma, o enredo se desenvolve lentamente, de modo que a experiência se torna até desgastante.
Vilão fraco
Mais participativo, General Abbot promete ser um antagonista implacável e sem escrúpulos. Contudo, os trejeitos conferidos ao personagem, sua caracterização em cenários iluminados e limites estabelecidos pelo roteiro deixam-lhe tão ameaçador quanto o Dr. Robotinik de Jim Carrey nos filmes do Sonic.
Futuro promissor, apesar de tudo
A já confirmada terceira temporada de “Sweet Tooth” deve ser mais fiel às HQs, conforme antecipa o final do segundo ano.
Sendo assim, Jepperd (Nonso Anozie) chegará mais perto de saber sobre o paradeiro de sua família. Além disso, o Dr. Singh (Adeel Akhtar) será recolocado no caminho delirante que segue na obra impressa. São pontos positivos para quem leu Lemire!
