Neil Gaiman, conhecido por suas obras Coraline e Sandman, está sendo acusado de abuso sexual por 8 mulheres, com alegações que se estendem desde 1986 até 2022. As vítimas, que na época dos incidentes estavam na faixa dos 20 anos, incluem tanto funcionárias do autor quanto fãs de seus trabalhos.
As acusações foram divulgadas por meio de um dossiê publicado pela Vulture, que reuniu entrevistas com as mulheres envolvidas, trocas de mensagens com Gaiman e documentos obtidos de investigações policiais. O relato principal vem de Scarlett Pavlovich, ex-babá do filho de Gaiman e sua ex-esposa, Amanda Palmer, na Nova Zelândia.
Pavlovich relata que o abuso começou logo após seu primeiro encontro com Gaiman e continuou durante o período em que trabalhou para a família. Ela ainda afirma que houve uma tentativa de abuso sexual contra sua vontade. Pavlovich registrou a denúncia em 2023.
Outro testemunho vem de Katherine Kendall, que conheceu Gaiman aos 22 anos, quando era fã de seu trabalho. Kendall acusa o autor de tentar forçá-la a ter relações sexuais depois de uma recusa. Anos mais tarde, Gaiman teria pago US$ 60.000 para cobrir os custos de terapia de Kendall.
A defesa de Gaiman refutou as acusações, alegando que todas as interações foram consensuais. No entanto, as denúncias já geraram repercussões em sua carreira.
As produções baseadas em suas obras sofreram mudanças significativas:
Good Omens (temporada 3): a produção foi pausada e a temporada será reduzida a um único episódio de 90 minutos. Gaiman não estará mais envolvido diretamente na produção, embora tenha contribuído para o roteiro.
O Livro do Cemitério (adaptação cinematográfica): a produção do filme pela Disney foi suspensa.
Garotos Detetives Mortos: a série da Netflix foi cancelada após uma temporada.
