A série documental Pra Sempre Paquitas, que estreia no Globoplay no dia 16 deste mês, promete emocionar o público ao contar a trajetória das assistentes de palco de Xuxa, ícones que marcaram os anos 80, 90 e 2000. Com cinco episódios, a produção resgata não apenas o glamour, mas também os desafios vividos por essas jovens estrelas que, além de fazer sucesso ao lado da Rainha dos Baixinhos, se destacaram no cinema e na música.
Durante a coletiva de imprensa, as ex-paquitas e criadoras do projeto, Ana Paula Guimarães e Tatiana Maranhão, comentaram sobre a importância de revisitar o passado. “A gente foi conseguindo construir essa história fazendo um paralelo com o comportamento da sociedade“, destacou Ana Paula, que também dirige a série. Para Tatiana, além de trazer à tona os momentos doces, o documentário não hesita em mostrar as dificuldades: “Esse documentário traz o doce e o amargo“.
O grupo, que começou com Andrea Veiga e Heloísa Morgado no programa Clube da Criança da TV Manchete, atingiu seu auge no Xou da Xuxa, na TV Globo. Desde então, as Paquitas tornaram-se referência para toda uma geração. Entre 1986 e 2002, novas integrantes foram sendo incluídas em diferentes fases, como as Paquitas New Generation e a Geração 2000, cada uma trazendo seu brilho ao grupo.
A série ainda aborda as pressões e os dilemas enfrentados pelas Paquitas, principalmente por serem meninas crescendo em uma sociedade machista. “Além de sermos meninas numa sociedade machista na década de 80, éramos crianças“, relembrou Tatiana. A obra não se esquiva de temas como assédio, competitividade, pressão estética e a falta de representatividade, mostrando que ser Paquita não era apenas um sonho, mas também um desafio.
O documentário conta com depoimentos de 27 das 29 Paquitas que passaram pelo palco de Xuxa, além de participações especiais de figuras como Serginho Groisman, Fafi Siqueira e Ticiane Pinheiro. A série também inclui relatos de Paquitas de outros países, como Chile, Argentina e Uruguai, reforçando o alcance internacional do fenômeno.
Para o diretor da obra, Ivo Filho, o acervo inédito de materiais vai surpreender tanto fãs quanto novos espectadores: “Quem é fã vai achar o máximo. Quem não é desse universo vai se divertir muito“, disse ele. Já o roteirista Paulo Mario Martins destacou a relevância histórica do grupo: “O ponto foi propor reflexões sobre como a sociedade evoluiu junto às gerações de 1980 a 2000“.