As Máquinas Pensantes representam uma parte fundamental da história do universo de Duna, refletindo o avanço da inteligência artificial e os impactos que essa tecnologia teve na humanidade antes da famosa Jihad Butleriana.
As Máquinas Pensantes eram, essencialmente, entidades que possuíam inteligência artificial avançada, indo além de simples ferramentas ou máquinas. Elas eram descritas como sistemas de inteligência que não apenas realizavam tarefas complexas, mas também se tornaram autossuficientes e conscientes, o que levou a humanidade a uma dependência progressiva dessas entidades.
Essa dependência culminou em um longo período de subordinação dos humanos às Máquinas Pensantes, até que a relação se tornasse prejudicial para a liberdade humana.
Com o aumento do poder dessas máquinas, surgiu uma divisão entre os humanos. Algumas facções começaram a ver as Máquinas Pensantes como uma ameaça à sua autonomia, enquanto outras, como os Mentats, com habilidades cognitivas aprimoradas, consideravam essas máquinas como simples ferramentas em comparação com sua própria capacidade intelectual.
Piter de Vries, um dos Mentats mais notáveis, chegou a se referir às Máquinas Pensantes como “brinquedos” diante de sua própria inteligência.
A Jihad Butleriana: A queda das Máquinas
O ponto de ruptura entre as Máquinas Pensantes e os seres humanos ocorreu com a Butlerian Jihad, uma guerra massiva e devastadora contra as inteligências artificiais. Durante esse período, as Máquinas Pensantes infligiram enormes danos físicos e psicológicos aos humanos, o que gerou uma reação violenta contra qualquer forma de inteligência artificial.
O pânico e o ódio generalizado contra as máquinas inteligentes resultaram na destruição quase completa dessas entidades, levando à proibição de sua criação. A Jihad Butleriana tornou-se um evento fundamental na história de Duna, com um impacto duradouro na cultura e nas crenças humanas.
A partir dessa guerra, surgiu uma forte aversão à criação de máquinas em forma humana ou que pudessem replicar a inteligência humana. Esse sentimento foi consolidado em uma das principais leis culturais, inscrita na Bíblia Católica Laranja, que afirmava: “Não farás uma máquina à semelhança da mente humana”.
Esse mandamento se tornou a base para os valores da humanidade por milênios, com a proibição da criação de máquinas pensantes sendo um pilar fundamental das sociedades subsequentes.
Impactos
Apesar da destruição das Máquinas Pensantes, suas ações deixaram um legado profundo e complicado. A memória de sua existência e a guerra contra elas foram fundamentais para a formação das instituições e crenças no universo de Duna.
O medo e a aversão às inteligências artificiais continuam presentes na sociedade, refletindo as cicatrizes deixadas pela Jihad Butleriana e moldando a maneira como as civilizações se relacionam com a tecnologia.
A influência das Máquinas Pensantes pode ser vista também no surgimento de novas formas de poder e controle, como os Mentats e as facções religiosas, como a Bene Gesserit, que buscam controlar o conhecimento e a inteligência sem recorrer ao uso de máquinas.
Com a proibição de máquinas inteligentes, o universo de Duna se desenvolve em uma direção onde a habilidade humana, o controle biológico e a política dominam, deixando as Máquinas Pensantes como um lembrete do poder e do perigo da inteligência artificial no passado da humanidade.