Alien: Linhagem de Sangue expande a franquia em HQ

Carlos Bazela
Alien: Linhagem de Sangue expande a franquia em HQ
Foto: Marvel Comics

Tal qual os famigerados xenomorfos, a franquia Alien nunca teve problemas para sobreviver em outros ambientes fora das telas de cinema. E os quadrinhos sempre foram os melhores hospedeiros para gestar histórias excelentes e aterrorizantes das criaturas de sangue ácido. De edições únicas até crossovers com super-heróis e o Predador, a terra e o espaço se revezavam como palco de tramas fechadas sem a obrigação de se ligarem aos filmes. Mas, isso muda agora.

Quando a Disney anunciou a compra de todo o portfólio da Fox, a Marvel não perdeu tempo e tratou logo de criar uma série regular de HQs para o Alien. O encadernado que reúne as primeiras histórias desse arco, Linhagem de Sangue, já está disponível no Brasil pela Panini, com um roteiro complexo que promete trazer muito do que já se viu na telona e ainda mais.

Um pai, um filho e um resgate

Ao virar as primeiras páginas da história escrita por Phillip Kennedy Johnson, conhecemos Gabriel Cruz, o ex-marine de passado trágico, que está se despedindo de suas funções na estação espacial Épsilon para se aposentar na Terra e tentar emendar os laços perdidos com seu filho.

Entretanto, quando o rapaz se encontra preso no local, Cruz precisa retornar ao espaço para salvar o garoto de outro legado seu: os Aliens que eram estudados secretamente na estação, sendo o mais mortífero deles conhecido apenas como Alfa.

Mesmo com um plot clichê, a história se ramifica para pontos interessantes, como o passado de Cruz com as criaturas e até o vislumbre de um tipo de xenomorfo nunca visto nas histórias de Alien, mas que vai fazer os fãs de ficção científica e do designer suíço H.R. Giger darem um pulo da cadeira.

Capitalista e selvagem

Outro aspecto que não pode faltar em uma boa história de Alien é o corporativismo, representado na figura da Weyland-Yutani e nos humanos sintéticos da série Bishop. A megaempresa está sempre de olho nos alienígenas e em sua biologia mortal e, normalmente, cabe aos androides realizar algum tipo de trabalho sujo para garantir a integridade dos espécimes.

Mas, quem acha que a história deixa a ação de lado para focar na política já pode respirar sem peso no peito. A arte de Salvador Larroca traz a dose de realismo, terror e brutalidade que uma boa trama centrada nos Aliens merece e precisa.

No mais, Linhagem de Sangue traz o que os fãs esperam do universo de Alien em uma HQ que ainda encontra espaço para empregar bons elementos até dos filmes menos queridos da franquia, caso de Covenant e Prometheus, para levar a humanidade a um canto ainda mais sombrio do cosmos.

Onde também não é possível ouvir ninguém gritar.

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