John Wick: Um Novo Dia Para Matar (2017) faz ação virar arte

Rafa Tanaka

Quando acreditamos que o fim chegou, fomos surpreendidos por com surpresas, especialmente elas sendo de um filme tão gratificante como John Wick. Depois de três anos temos o anúncio de uma continuação. Mais uma vez percebemos que quando não criamos expectativas podemos se surpreende de forma positiva. Isto era apenas o começo.

John Wick: Um Novo Dia Para Matar (2017) propõe mudanças na franquia por ser um filme maior em todos os aspectos de seu antecessor – De Volta ao Jogo. Lançada três anos depois, a sequência chegou com a expectativa de surpreender, mas, mesmo por adotar formato mais comercial, não decepciona com criatividade para mais ação e uma boa história.

Se em “Duro de Matar” Bruce Willis tem um novo dia para morrer, Keanu Reeves tem outra oportunidade de matar. (Foto: Paris Filmes)

Após a dura jornada apresentada em 2014, temos John Wick (Keanu Reeves, de Matrix) ainda recuperando o seu carro, para poder encerrar de vez suas atividades como assassino profissional. Entretanto, nem tudo são flores e o John Wick tem que reativar seu antigo dom de matar para cumprir uma promessa de sangue que jurou há alguns anos.

A forma o escopo do personagem é trabalhado fica mais espetacular, pois, temos mais profundidade em se tratando de uma continuação, o que poderia ser a desculpa para mais repetição do roteiro. No entanto, a história é mais promissora e aumenta o universo do primeiro filme, tornando-se mais uma vez uma homenagem para o gênero.

Por conta de uma Promissória, John Wick encara a Alta Cúpula do crime. (Foto: Paris Filmes)

Novamente Keanu Reeves demonstra que é um bom ator, pois, embora embora não tenha falas pautadas no drama, é um profissional que dá o sangue e suor nas cenas, com carisma e a capacidade de realizar suas próprias cenas de ação – deixando pouco trabalho para os dublês. Meses antes do lançamento, foi divulgado um vídeo dos bastidores com Reeves treinando tiro e agilidade, mostrando sua total entrega, coisa que é difícil de se vernos moldes de hoje.

Dessa vez apenas Chad Stahelski assume a direção mantendo a parceria forte com Keanu Reeves, assim como Derek Kolstad, que assina o roteiro. Incrível como os dois reúnem seus trabalhos, com um roteiro e direção bem centrados, que dão ar artístico à obra. A concepção visual é exuberante, coroada por sequências de ação que parecem pinturas, destacando a fotografia noturna de Nova York – algo que insinuando os perigos de cada ambiente.

John Wick: Um Novo Dia Para Matar entrega uma experiência sensacional (de novo!), reforçada por doses bom humor adicionadas à adrenalina, além de expandir o universo da franquia.

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