X-Men: Apocalipse acerta na fórmula de elenco jovem e vilão de peso

Sexto título da franquia, X-Men: Apocalipse (X-Men: Apocalypse, EUA, 2016) chega aos cinemas nesta quinta-feira (19/05) como o melhor filme dos mutantes apresentados nos quadrinhos da Marvel desde a sua estreia em 2000. Extremamente rico em referências e ilimitado em possibilidades para o futuro da saga, o longa reestrutura o universo dos X-Men nas telonas, rejuvenesce a maior parte do elenco, mas introduz versões de seus personagens mais famosos, e coloca em cena um dos principais vilões das HQs: o todo-poderoso Apocalipse.

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O filme traz conceitos de HQs como A Ascensão do Apocalipse e A Era do Apocalipse. (Foto: 20th Century Fox)

No quarto capítulo da série dirigido por Bryan Singer (os outros foram X-Men: O Filme, X-Men 2  e X-Men: Dias de um Futuro Esquecido), o público encontra Professor Xavier (James McAvoy, de O Procurado) e companhia em 1983, isto é, 10 anos de após os eventos de X-Men: Dias de um Futuro Esquecido. Porém, a trama, de fato, tem início há 3.600 anos antes da “Era Comum”, tendo como cenário o Egito, com domínio do ser conhecido como En Sabah Nur (Oscar Isaac, intérprete de Poe Dameron em Star Wars: O Despertar da Força) e um ritual sombrio.

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Para conquistar o mundo, Apocalipse tenta roubar os poderes de Charles Xavier. (Foto: 20th Century Fox)

Como nos gibis, a presença do antagonista é envolta por uma mescla de misticismo e ciência (ele é inspiração da Bíblia e o primeiro mutante). Deste modo, muitos anos depois de seu reinado, Apocalipse é despertado por um culto de adoradores e decide “purificar” o mundo da influência das superpotências, leis e gente fraca, conforme seu julgamento. Para isso, ele sai numa jornada de terror, aliciando um time de quatro guerreiros – a jovem Tempestade/Ororo Munroe (Alexandra Shipp, de Straight Outta Compton: A História do N.W.A.), Psylocke (Olivia Munn, de Magic Mike), Anjo/Warren Worthington (Ben Hardy, de EastEnders) e Magneto (Michael Fassbender, de Prometheus).

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Olivia Munn faz a primeira interpretação da Psylocke em live-action. (Foto: 20th Century Fox)

Enquanto isso, na Escola Xavier para Jovens Superdotados, Professor X e o Fera/Hank McCoy (Nicholas Hoult, de Mad Max: Estrada da Fúria) recebem novos mutantes, como Jean Grey (Sophie Turner, a Sansa Stark, de Game of Thrones), Ciclope/Scott Summers (Tye Sheridan, de Como Sobreviver a Um Ataque Zumbi) e Jubileu (a estreante Lana Condor). Integrantes de X-Men: Primeira Classe, Destrutor/Alex Summers (Lucas Till, de Conexão Perigosa) e Moira Mactaggert (Rose Byrne, de A Espiã Que Sabia de Menos) também fazem participações, com destaque para a agente que descobre o ressurgimento de Apocalipse.

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Não, Jean Grey, o terceiro filme nem sempre é o pior! (Foto: 20th Century Fox)

Na colisão entre os X-Men e os “Cavaleiros do Apocalipse”, o público é presenteado com uma aventura com tons épicos, combates poderosos, efeitos especiais superiores às produções anteriores e que faz os fãs imergirem numa atmosfera semelhante à experimentada nos gibis (uma ficção/fantasia hardcore com múltiplos heróis e vilões bem trabalhados). Embora possa decepcionar na caracterização, Apocalipse é o vilão que falta no Universo Cinematográfico Marvel (lembrando: X-Men pertence à Fox e não à Marvel Studios), ou seja, alguém cruel, sem dificuldade para realizar chacinas e virtualmente imbatível.

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Apesar de o filme, no geral, ser divertido, Magneto tem uma trajetória pesada. (Foto: 20th Century Fox)

Executando uma renovação no elenco, X-Men: Apocalipse traz uma equipe cheia de novatos, entretanto, esboça a formação tradicional das HQs e do querido desenho dos anos 1990 e aproveita a pouca idade dos personagens moldar suas personalidades, conflitos e possíveis tramas futuras. Além disso, devido ao alto número de protagonistas jovens (ou talvez como herança de Deadpool), foi adotado o humor nas cenas de Noturno/Kurt Wagner (Kodi Smit-McPhee, de Planeta dos Macacos: O Confronto) e velosíssimo Mercúrio/Peter Maximoff (Evan Peters, de American Horror Story). Outra boa sacada é o uso da década de 1980 para introduzir figurinos coloridos, fiéis aos uniformes clássicos.

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Numa cena mais extensa, Mercúrio corre ao som de Sweet Dreams, de Eurythmics. (Foto: 20th Century Fox)

Envolvente, divertido e de grandes proporções, o blockbuster reforma o universo cinematográfico dos mutantes e praticamente apaga os acontecimentos da primeira trilogia, pois há a insinuação de que a saga da Fênix Negra será refilmada, no intuito de apagar a má-impressão de X-Men: O Confronto Final. Como bônus, o título é coroado com a sanguinária aparição de Wolverine (Hugh Jackman, de Voando Alto) – à la Arma X –, e um cameo do ilustre Stan Lee. Num ano em que a concorrência é acirrada, o filme faz bonito diante de Batman vs Superman: A Origem da Justiça e Capitão América: Guerra Civil.

Próxima de completar 16 anos, a franquia, enfim, parece seguir a trilha certa.

X-Men: Apocalipse tem 1 cena pós-créditos, na qual é indicada a criação do Senhor Sinistro.

X-Men: Apocalipse estreia hoje (19/05) nos cinemas.

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