Primeiras impressões: Sombria como a DC gosta, Titans surpreende na estreia

Poderia dar tudo errado? Sim. Ainda é muito cedo para dizer o contrário? Com certeza. Entretanto, quem já conferiu a estreia de Titans (no Brasil, a Netflix exibirá como Titãs) pôde sacar que a série passou de fracasso anunciado para uma das surpresas de 2018, no mínimo. Abraçando o tom dark que a DC Comics gosta e a ideia de universo compartilhado – com citações a Gotham, Batman e Coringa –, a atração em live-action teve seu primeiro episódio lançado no serviço de streaming DC Universe – ainda indisponível no País.

Criada por Greg Berlanti (ArrowThe FlashSupergirlLegends of Tomorrow e Black Lightning), Akiva Goldsman (Fringe) e Geoff Johns (Mulher-Maravilha), o programa apresenta as superaventuras de Dick Grayson/Robin (Brenton Thwaites, de Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar), Rachel Roth/Ravena (Teagan Croft, de Home and Away), Koriand’r/Estelar (Anna Diop, de 24: Legacy) e Gar Logan/Mutano (Ryan Potter, de Supah Ninjas), um grupo de jovens precisa lidar com uma sequência de tragédias em histórias cruzadas.

Truculento, Robin chega a Detroit querendo independência do Cavaleiro das Trevas. (Foto: DC Comics)

Em seu capítulo de abertura, o seriado mostra Dick Grayson como um resignado detetive de Detroit (EUA), que investiga e soluciona (a sua maneira) casos de violência contra crianças, porém, acaba chamando a atenção da polícia local pelas suas atividades como Robin – separado de Batman por ideais divergentes. Enquanto isso, em Traverse City, a adolescente Rachel Roth sofre para conter as poderosas manifestações da entidade demoníaca que parece possuí-la, registrando estranhos fenômenos por onde passa em sua fuga de casa.

Levando a sério o nome “Detective Comics” (uma das primeiras revistas da DC), a produção transcorre em cima dos elementos investigação e criminalidade até mesmo no núcleo de Estelar, que surge sem memória sobre os destroços de um acidente de carro na Áustria. Perseguida pelos mafiosos de Konstantin Kovar (Mark Antony Krupa, de O Ataque) – pai do Estrela Vermelha, nos quadrinhos dos Novos Titãs –, “Kori Ander” (como é chamada) acredita que Rachel Roth irá ajuda-la a encontrar respostas sobre suas origens e habilidades.

Dick Grayson procura defender jovens órfãos e isso o coloca no caminho de Rachel Roth. (Foto: DC Comics)

Com momentos tensos, sinistros e bastante violentos, Titans não demonstra preocupação em derramar sangue e ir para seu lado mais sombrio, prometendo investir na montagem da famosa equipe de super-heróis durante um enredo que, somente a longo prazo, irá conectar seus protagonistas. Uma indicação disso é que Mutano aparece só nas cenas finais do episódio piloto.

Madura, envolvente e acertada, a série dos Titãs nos mantém curiosos sobre o que vem por aí.

Next Post

Demolidor: Épica, 3ª temporada registra queda e ascensão do Diabo da Guarda

A vida é feita de ciclos. Às vezes, estamos por baixo, porém, é só para podermos nos reerguer. Isso acontece comigo, com você e com Matt Murdock (Charlie Cox, de A Teoria de Tudo), o advogado e vigilante Hell’s Kitchen. Em seu retorno para a 3ª temporada de Marvel – […]