Creed: Nascido para Lutar herda o cinturão de Rocky: Um Lutador

Filmes de boxe conseguem motivar como poucos. Foi assim com Rocky: Um Lutador em 1976. Creed: Nascido para Lutar (Creed, EUA, 2015) não é diferente, e faz isso com maestria. Estreando nos cinemas nesta quinta-feira (14/01), o longa traz mensagens sobre superação e determinação, uma história moderna e carregada de emoção e presta homenagens aos pugilistas negros – que sempre conquistaram títulos, mas dificilmente eram protagonistas de obras de Hollywood.

Depois de seis filmes, os anos se passaram para Rocky Balboa (Sylvester Stallone, de Rambo – Programado Para Matar) e, portanto, o foco da produção é voltado a um novato. Adonis Johnson (Michael B. Jordan, de Poder Sem Limites), órfão de mãe e que não sabia que o também falecido Apollo Creed (Carl Weathers, que participou dos quatro primeiros longas do Rocky) era seu pai. Encrenqueiro e revoltado, o menino passa a infância em orfanatos e reformatórios até ser adotado por Mary Anne (Phylicia Rashad, de The Cosby Show), a viúva de Creed.

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É, não dava para Rocky subir ao ringue. Mas ele se sai bem como mentor de Adonis. (Foto: Warner Bros. Pictures)

Já adulto, Adonis vive com a madrasta, possui formação superior e tem um emprego normal. Contudo, nas horas vagas, o rapaz se envolve em lutas clandestinas/amadoras no México, e o chamado para os ringues se torna ainda mais forte. Para se profissionalizar, Adonis vai para a Filadélfia, buscando o treinamento de Rocky, antigo rival de Apollo. Representando a família que o outro carece, os dois logo se entrosam, estrelando cenas divertidas, inusitadas, emocionantes e sérias. Veja o que Sylvester Stallone e Michael B. Jordan falaram sobre Creed: Nascido para Lutar:

Em resumo, Creed: Nascido para Lutar mostra o desafio inicial de Adonis, que, depois de se destacar nos ginásios locais, é convidado a duelar com ‘Pretty’ Ricky Conlan (Tony Bellew, boxeador profissional), campeão mundial obrigado a se aposentar devido a um crime. Porém, para encarar o britânico, o pupilo de Rocky deve assumir o sobrenome “Creed”. Enquanto isso, fora dos holofotes, Balboa precisa juntar forças para superar um problema de saúde.

Nomeado para comandar a obra, o diretor Ryan Coogler (que já trabalhou com Michael B. Jordan em Fruitvale Station: A Última Parada) consegue modernizar a franquia – ou começar outra? – e respeita a história contada até o momento. Fã dos filmes Rocky, o cineasta apresenta um protagonista cativante, uma trama que se encaixa aos títulos anteriores e, pelo casting, trilha sonora e toda a ambientação, homenageia os negros, que têm muitas figuras notórias no esporte (Muhammad Ali, George Foreman, Mike Tyson e Maguila, por exemplo).

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Para os atores, os resultados de Creed: Nascido para Lutar foram os melhor possíveis, pois, Michael B. Jordan teve a oportunidade de se reerguer após o fracassado remake de Quarteto Fantástico. Para Sylvester Stallone, foi a vez de “tirar aquelas coisas velhas do porão”, em uma interpretação profunda e emocionante, que lhe rendeu o merecido prêmio de Melhor Ator Coadjuvante no Globo de Ouro 2016. Pela combinação acertada, o projeto deve ter sequência.

Creed: Nascido para Lutar é contagiante. Se você tem algo a provar para si, para pessoas próximas ou para o mundo, não sairá da sessão sem um nó na garganta (no mínimo!).

Creed: Nascido para Lutar estreia nesta quinta-feira (14/01).

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