Bumblebee é como assistir Transformers pela primeira vez, só que melhor

Robôs gigantes brigando, grandes explosões, personagens humanos correndo sem relevância. Depois de dez anos de filmes de Transformers produzidos sob a perspectiva de Michael Bay, eis que Paramount Pictures e Hasbro acenam com uma novidade: um spin-off da franquia. Dirigido por Travis Knight (Kubo e as Cordas Mágicas), Bumblebee (Bumblebee, EUA, 2018) dá nova partida à saga de Autobots e Decepticons, com uma aventura divertida, cheia de ação, emocionante e nostálgica – pois, a trama se passa em 1987, trazendo a influência da cultura década.

Experiência empolgante para quem é fã da marca, o longa retorna para Cybertron, o planeta natal dos Transformers, para dar contexto e explicar como nossos super-heróis e vilões chegaram até a Terra. A partir daí, conhecemos Charlie (Hailee Steinfeld, de Quase 18), uma garota desajeitada, prestes a completar 18 anos. Órfã de pai, a protagonista tenta se encaixar na nova vida de sua mãe, padrasto e irmão caçula, enquanto sonha com a liberdade de ter seu próprio carro. A oportunidade surge quando Charlie encontra um fusca amarelo no ferro-velho de seu tio.

Charlie e Bumblebee se protegem em um mundo que lhes causa dor. (Foto: Paramount)

Porém, logo a menina descobre que seu automóvel tem a capacidade de se transformar no robô Bumblebee, mas que também pertence a uma raça alienígena procurada pela dupla de malvados Shatter (Angela Bassett, de Pantera Negra) e Dropkick (Justin Theroux, de Maniac) e pelo agente Burns (John Cena, de O Touro Ferdinando), do exército dos EUA. Com Steven Spielberg como produtor executivo, Bumblebee recria o clima E.T.: O Extraterrestre, numa jornada que mostra dois personagens deslocados, que encontram na amizade uma forma de achar seu lugar.

Superior aos cinco títulos anteriores da franquia, o filme desperta nostalgia ao trazer referências de destaques dos anos 1980, como Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida, e os alguns hits da época na trilha sonora, com músicas de Tears for Fears e The Smiths. Contudo, o que mais chama atenção é a maneira como o roteiro de Christina Hodson (Paixão Obsessiva) desenvolve a improvável relação entre Bumblebee e Charlie, abordando delicadamente a inocência e o carinho que a dupla passa a compartilhar ao longa da trama.

Na versão brasileira, Paolla Oliveira dubla a vilã Shatter e Guilherme Briggs dá voz a Optimus Prime. (Foto: Paramount)

O cuidado com a produção está presente até mesmo na elaboração do design dos personagens, inspirado na série animada Transformers: Generation 1. Ao prestar respeito ao clássico, mas sem medo de promover uma visão diferente para a franquia, Bumblembee fascina, cativa e comove.

Atenção, pois o filme tem 1 cena adicional.

Bumblebee estreia nos cinemas em 25 de dezembro.

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